quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Horizontes

A aplicação do Plano de Urbanização de Almada (1946) é o motor de mudanças profundas na ocupação e forma de povoamento, alteração de usos do solo e das formas de concentração populacional, condicionando a sustentabilidade e administração territorial futura. 

Almada, Cacilhas - Vista Parcial, ed. J. Lemos, s/n, década de 1950.
Vista da Avenida Frederico Ulrich, atual 25 de Abril, Vila Brandão e morro do moinho.
Imagem: José Luis Covita

Nasce uma nova cidade, com outras dinâmicas económicas e sociais.

Abertura das novas avenidas de Cacilhas para a Cova da Piedade e Almada, 1954.
Imagem: Mário Cruz Fernandes in , As Margueiras, Contributos para a história de Cacilhas

A estrutura da vila é redesenhada, projetando-se o seu desenvolvimento para leste, incluindo áreas industriais de dimensão acentuada (Cova da Piedade e Cacilhas) e as zonas rurais no seu perímetro de influência (Pragal, Laranjeiro, Feijó).

Criam-se instrumentos de planeamento urbano para a intervenção em áreas maioritariamente rurais: expropriações de terrenos com caráter público (para novas vias, bairros de casas económicas, centro cívico e avenidas centrais) e tipologias de planos para construção massiva de novas infraestruturas.

Projecto da Avenida Engenheiro José Frederico Ulrich, 1951-1952.
Imagem: Ver Almada crescer: 10 anos do Museu da Cidade (catálogo)

A construção da parte nova da vila decorre num ritmo lento em comparação com a afluência de novos habitantes: os consumidores de água no Concelho aumentam de 5 mil em 1951 para 18 mil em 1961; a Companhia dos Telefones de Almada tem uma lista de espera de 2 anos para obtenção de telefone doméstico. (1)


(1) Ver Almada crescer: 10 anos do Museu da Cidade (catálogo)

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Leitura adicional:
Rodrigues, Jorge de Sousa, Infra-estruturas e urbanização da margem sul: Almada, séculos XIX e XX, 2000, 35 págs.

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